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União Brasil e PP formalizam federação e viram a maior força do Congresso

União Brasil e PP formalizam federação e viram a maior força do Congresso

A federação entre os partidos União Brasil e Progressistas (PP) foi oficialmente estabelecida nesta terça-feira (29), durante uma cerimônia na Câmara dos Deputados. Embora ambos os partidos façam parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocupando quatro ministérios, o evento contou com discursos que criticaram a administração federal.

Durante a cerimônia, a nova federação divulgou um manifesto no qual se apresenta como “uma nova e forte força política” no Brasil. O documento enfatiza que essa união é “fundamental para superar a fragmentação política” e assegurar a governabilidade, ressaltando que a federação formará a maior bancada no Congresso Nacional. Serão 109 deputados federais na Câmara e 14 senadores — quantidade que empata com as bancadas do PL e do PSD no Senado. A aliança ainda terá acesso à maior parte dos fundos partidários e eleitorais, além de contar com o maior tempo de propaganda em rádio e televisão.

O manifesto critica a “estagnação econômica do Brasil nas últimas quatro décadas”, mesmo considerando os avanços democráticos e sociais, e expressa preocupação com o baixo crescimento da renda per capita em comparação a outros países. Para lidar com essa situação, a federação sugere um “Choque de Prosperidade”, focando em reformas econômicas e regulatórias. O principal aspecto dessa proposta é a chamada “Reforma Modernizadora do Estado”, que busca transformar o setor público em um facilitador do desenvolvimento, ao invés de um obstáculo, visando impulsionar a economia e elevar o padrão de vida dos brasileiros.

A formação da federação decorre da reforma eleitoral aprovada em 2021, que incentivou as fusões partidárias para diminuir o número excessivo de siglas políticas no país. Ao optar pela federação, os partidos se comprometem a trabalhar juntos por pelo menos quatro anos, incluindo nas eleições estaduais e municipais.

A presidência da federação será inicialmente dividida entre os atuais presidentes Nogueira, do PP, e Antonio Rueda, do União Brasil.

A cerimônia teve a presença de importantes figuras políticas, como ACM Neto (União Brasil), vice-presidente do União Brasil; Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás; Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara; Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado; além do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Ronaldo Caiado, crítico inicial da aliança, afirmou que essa federação representa “um grande divisor de águas” e recebeu apoio para sua pré-candidatura à Presidência da República, condicionada ao desempenho mínimo de 10% nas pesquisas até março de 2026.

“O cidadão hoje não tem dinheiro para alimentar sua família. A violência domina todos os cantos do país. As facções criminosas estão expandindo seu poder”, declarou Caiado em crítica ao governo Lula. Ao final de seu discurso, previu: “Em 2026, vamos ganhar as eleições neste país e subiremos a rampa do Palácio do Planalto”.

Por sua vez, ACM Neto comentou à GloboNews sobre um “sentimento crescente” entre membros dos partidos para deixar a base governista e mencionou que questões sobre ministérios devem ser debatidas em breve.

Recentemente, Ciro Nogueira, presidente do PP, também destacou que após consolidar a federação deveriam ser iniciadas discussões sobre um “desembarque total” do governo.

Entretanto, essa intenção de deixar o apoio ao governo Lula pode encontrar resistência entre uma ala do União ligada ao senador Davi Alcolumbre. Ele foi responsável pela articulação para manter recentemente o Ministério das Comunicações sob controle do partido após a exoneração de Juscelino Filho por denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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